segunda-feira, 6 de junho de 2011

Entrevista exclusiva com Hugo Domingues (3ª Parte).

Última parte, tenho a certeza que gostaram.




"...A minha grande escola foi os DYNASTY..."

"... fiz talvez um dos melhores contratos que já alguma vez houve no Paintball Europeu..."




Tinta lusa: ainda não me respondeste, se te pedissem para voltar ao Benfica, voltavas?
Hugo: Nunca vou dizer que não ao Benfica, mas sou um homem de palavra e teria sempre que falar com o meu GRANDE AMIGO HUGO.
Hoje olho e tenho uma família nova, não imaginas o sentimento que sinto pelos DRAGON o Hugo têm sido mais do que um Irmão para mim, conheci-os numa fase muito complicada da minha vida e eles foram os principais alicerces para eu ter dado a volta por cima. Hoje vivo os momentos mais felizes da minha vida em todos os capítulos e eles estão do meu lado...e sempre estiveram...o Bruno têm um coração do tamanho do mundo, o Hugo como disse é mais que um irmão é uma espécie de Pai para todos na equipa, sem ele não havia DRAGON LEGION e não me estou a referir a dinheiro e logística. O Fabio é um miúdo espectacular, com um potencial enorme e uma vontade muito grande, assim como o Filipe que é o meu protegido e vou fazer dele um caso sério do Paintball português.
Ainda temos o Inácio que é fantástico em tudo, outro elemento que apesar de pouco ou nada jogar é mais um dos que dá 200% pela equipa.
O Tiago Batista está a fazer a melhor época desde que o conheço há cerca de 8 anos e é um valor seguro do PB nacional, faltava-lhe afirmar-se definitivamente, depois temos o Pequeno que andou um pouco afastado devido a problemas pessoais, mas também é importante para a equipa.
Claro que o Benfica são os meus miúdos...sempre e para sempre, nunca posso falhar para com o Ossos, Mendes, Gus, Pires ou o Miguel, nunca vão ouvir um não da minha boca, mas agora também me sinto em casa nos DRAGON LEGION, acho que estou bem onde estou, assim como o Benfica está bem sem mim, tudo têm um ciclo.

Tinta lusa: muitas vezes quando vejo jogadores a dizer que adoram Paintball, falo sempre num jogador português que até o carro vendeu para ir aos Estados Unidos…
Hugo: (risos) eu não vendi o carro para ir aos estados unidos, foi para comprar uma ANGEL ECLIPSE e foi bem antes de ir para os DYNASTY.

Tinta lusa: Estados Unidos, como surgiu essa oportunidade?
Hugo: Houve em 2001 uma prova do Millennium em Lisboa, jogou-se pela 1ªvez na EUROPA X-BALL e por selecções. A nós saiu a fava de termos de jogar contra a RUSSIA, sabendo que o vencedor desse jogo ia jogar contra os EUA.
Imagina-me com 27 anos, excitado por ir jogar por PORTUGAL, convidei a minha família quase toda para ir ver o jogo. Acontece que os Russos, como Máquinas que são, andaram a treinar X-Ball 3 meses antes da prova, nós nem sabíamos como a coisa funcionava…resultado…fomos sovados 16-1... a frente de todo o mundo. Eu já desesperado, a partir dos 6-0, fazia de tudo, ia para a cobra de arranque, para os 40 dos Russian Legion, X de arranque, fiz de tudo para marcar um ponto aos russos, cheguei a tirar 3 e 4 russos por ponto e perdíamos. Até que numa das minhas mil invenções matei 3 e dumpei o ultimo, ficou o Mendes vivo e ganhamos 1 ponto.
No fim do jogo estava pior que uma BARATA, nisto passa o Oliver Lang, Rodney Squires, Ryan Greenspan e Alex Fraige e dizem… “parabéns Hugo grande jogo”, ao que eu respondo com um sonoro “FUCK YOU GUYS… I just got smashed/humiliated in front of my family and you guys are still fucking with me, fuck you all”.
O Oliver aproximasse de mim e diz-me “Hugo a sério, parabéns, jogaste muito bem, nunca vimos uma vontade do tamanho da tua, tens um coração enorme e uma força interior fantástica” e quando o melhor jogador do mundo te diz isto tu paras e escutas.


Tinta lusa: impressionante…

Hugo: Nisto, o Rodney comenta que precisam de um jogador com essas características na equipa, rápido para ir logo para os 50 no inicio do jogo e marcar gajos.
Na prova seguinte do Millennium, o Rodney e o Oliver chamaram-me a tenda da WDP / ANGEL ao VIP spot HEAVEN, local onde só o creme de lá creme tinha acesso antigamente no Millennium.
Mal entro, vejo uns quantos fotógrafos da PGI, FACEFULL, etc... e o resto da equipa dos DYNASTY com uma camisola que tinha o meu nome… nem queria acreditar.
Foi o concretizar de um sonho.

Tinta lusa: O que aprendeste com eles, quais foram os grandes ensinamentos?
Hugo: A minha grande escola foi os DYNASTY, os Concelhos do Oliver Lang e do Humberto, tudo aquilo que eu sei aprendi com eles.
Se tu achas que eu motivo os que estão a minha volta, nem imaginas do que o Lang é capaz de fazer, aliás eu limito-me a tentar imitar o que ele fazia. Ele olhava para mim e dizia-me olhos nos olhos “Hugo, és um fenómeno, nasceste no país errado. Se jogasses tantas provas como eu jogo e treinasses tanto tempo como nós treinamos tu é que eras o Melhor do Mundo e não eu”, aquilo dito a um jogador que jogava Paintball há ano e meio… entrava em campo com uma moral que achava que só de olhar para os adversários eles já tinham perdido.

Tinta lusa: isso também acarretou sacrifícios, suponho?
Hugo: eu é que sei os sacrifícios que fiz para chegar onde cheguei, aprendi que não há impossíveis. A vontade e o querer movem montanhas, o querer ganhar mais que os outros e ter mais força interior, eu tenho uma vontade do tamanho do mundo e isso, o Oliver, até usou para incentivar os outros. Ele dizia malta olhem para o Hugo que entrou agora, já têm 27 anos e o que ele conseguiu em 2 anos “Will is POWER and HEART WINS GAMES, HEART IS WHAT WINS GAMES”.
Posso dizer-te que treinava quase todos os dias, ia sozinho para o campo treinar pré bunking, snapShooting, quando chegava ao campo do Paulo Nave do Portugal Aventura, as borboletas até fugiam (risos).

Tinta lusa: London Nexus, onde eu presenciei alguns jogos. Acho que foi a altura onde te vi a jogar mais feliz…
Hugo: depois de um ano a jogar CPL pelos XSV, acabamos a época em 6 lugar se não me engano, o que para uma equipa que veio de DIV2, foi assombroso.
Na última prova fui abordado pelo Jamie Abbott, capitão de equipa dos NEXUS e Irmão do Jeff Abbott dono da DYE EUROPE. Os Nexus nesse ano, eram de um senhor que se chama PETE ROBBO ROBINSON, ele entrou em choque com os atletas da equipa e vendeu a mesma há DYE.
Que por sua vez, queria ter uma equipa Bandeira, da empresa, na EUROPA, como tinha os IRONMEN nos Estados Unidos.
Lembro, que em 2007 estávamos na altura das vacas gordas no Paintball e fiz talvez um dos melhores contratos que já alguma vez houve no Paintball Europeu.
Para teres uma ideia, ganhava mais que o Mikko Huttunen e que Brandon Short dos Ironmen.

No nosso 1º ano o Objectivo pedido pelo Dave YoungBlood era classificarmo-nos para jogar SUNDAY CLUB (Domingo) e ficarmos entre as 8 melhores equipas, no 2º ano jogarmos para sermos das 4 melhores equipas e no 3º ano lutarmos para sermos campeões Europeus.
Foi assim que num jantar na Califórnia, em San Diego, mais uma vez assinei um contrato Profissional de Paintball.
Como nós até éramos um pouco acima da média, conseguimos logo no 1º ano ficar em 3º lugar da geral, atrás somente dos SUPER ALL AMERICAN e de uns imensos JOY DIVISION.
No ano a seguir, o Paintball entrou em recessão, assim como a economia mundial e houve imensos cortes.
Tive a sorte de o Dave Youngblood ser meu amigo e um homem de palavra, cumpriu o contrato na íntegra, mas com a condição de eu subir novamente o BENFICA para CPL.
No ano em que estou no Benfica para subirmos novamente a divisão máxima do Campeonato da Europa, os NEXUS, nas primeiras 3 provas nem às finais foram.

Tinta lusa: no Hugo, no finals?
Hugo: (risos) nessa altura, recebi 2 ou 3 e-mails do JEFF ABBOTT, completamente enraivecido… dizia que a culpa era minha, que não devia ter regressado ao Benfica e que eu é que mantinha a equipa unida e era um líder.

Tinta lusa: mas foste feliz nos Nexus?
Hugo: Nos Nexus já não era nenhum menino, tinha 32 anos e era um homem feito, mas é verdade que naquela equipa tudo aparecia feito, era impressionante, tínhamos tudo e mais um par de botas.
Talvez, por isso, me visses sempre bem-disposto.

Tinta lusa: agora, vamos falar do teu feitio?
Hugo: eheheheheh, Ups!



Tinta lusa: o nervo e a vontade fazem sentido no jogador/líder, no entanto, noto que fora das redes, extravasas e chegas ao ponto de quase desistir. A minha questão é... o Hugo fora das redes, é prejudicial ou não?
Hugo: aí, eu olho para ti como um exemplo a seguir e juro-te que tento mas não consigo.
E eu sempre fui de chamar os bois pelos nomes, por isso doa a quem doer vou sempre apontar dedos e chamar pelo nome ao jogador que falha.
Achas normal estares a ganhar numa final 3-2, faltarem 15 segundos para acabar o jogo… mandares trancar o campo e ninguém atacar e fazerem exactamente o contrário.

Tinta lusa: não será o teu amor pelo jogo e pela equipa que te cega as vezes?
Hugo: eu sempre soube lidar com os gritos, se é a isso que te referes, ou achas que o Fraige ou o Oliver quando estão a perder e jogas mal… vão-te falar ao ouvido e dar palmadas nas costas?



Tinta lusa: suponho que não…
Hugo: desfazem-te até há morte e não há cá desculpas… mas aprendes e cresces como homem e como jogador.

Tinta lusa: Para além do melhor jogador, foste até a data e sem desprimor para os outros, o melhor entrevistado, gostava que dedicasses umas palavras aos leitores do Tinta Lusa.
Hugo: Antes de mais queria agradecer-te pela possibilidade de participar no teu Blog, Blog o qual eu visito com alguma frequência, pois o conteúdo é sempre interessante e relacionado com o Paintball. Tenho de te tirar o chapéu pois a tua paixão pelo nosso desporto é quase ou até mesmo tão grande como a minha...Faltam mais pessoas como tu no nosso desporto, ainda queria alastrar os parabéns aos Metralhas, clube em que estas integrado e que têm 2 equipas em Div 1, o que é OBRA.










to be continued

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Entrevista exclusiva com Hugo Domingues (2ª Parte).

Segunda parte desta amena conversa, onde “o maior coração do Paintball nacional”, discute abertamente o que seria a selecção nacional… os jogadores escolhidos e os preteridos… do que são feitos os verdadeiros campeões… a saída do Benfica.

“…são muito altos o que os torna lentos e dificulta acabarem pontos na cobra e resolver jogos”

“alguns elementos da minha ex-equipa (SLB), disseram que estava na altura de sair”







Tinta lusa: vem aí a Nations Cup, no caso de apresentarmos uma selecção nacional, que 10 jogadores levarias?
Hugo: Miguel Franco (SLB), Nuno Lourenço (SLB), Hugo Pires (SLB), Teles (SLB), Tiago Batista (Dragons), Tito (Metralhas), Tiago (Metralhas), Anjix (U.Leiria) e por fim, eu (SLB) e o Mendes (SLB) para meter a malta na LINHA (risos).

Tinta lusa: O Sven? o Toni? ninguém dos Azimut?
Hugo: Há excelentes jogadores neste momento e qualquer um dos que joga em Div 1, nas 4 melhores equipas poderia jogar por Portugal.

Tinta lusa: sim, mas o Sven e o Toni, não têm lugar?
Hugo: Há meu ver, são muito altos o que os torna lentos e dificulta acabarem pontos na cobra e resolver jogos, quem tiravas dos 10 que escolhi?
O Sven joga nas bases, o Toni também, são bons bases para ficar na troca de tiros, mas são muito estáticos e no Millennium se não atacas perdes sem saber porque.
Preciso de bases como o Miguel Franco, rápidos e que saibam atacar

Tinta lusa: bem, eu sinceramente tirava o Teles e o Tito e apesar do Tito jogar nos Metralhas e saber que tem tudo para ser o melhor, este ano anda a arrastar uma lesão e não tem chegado a metade da forma que já nos habituou.
Hugo: O Tito… eu punha-o a render 200%, vejo-o jogar e sei o que é preciso dizer-lhe para ele ficar um fora de série.

Tinta lusa: Já agora, podes adiantar o que seria o 5 titular?
Hugo: Claro que sim, Miguel Franco na Cobra, Nuno Ossos na base da Cobra, Teles na Distribuição o Tiago nas Xamuças ou o Anjix, o que estivesse melhor nessa prova e o Tiago Batista na Base das Xamuças.
O Teles foi o jogador que mais me surpreendeu pela capacidade de liderar / organizar e ficar vivo para acabar os jogos. Faz-me lembrar o Humberto, muito inteligente e com excelente leitura de jogo e sabe atacar muito bem, quer pela cobra onde jogava no Beira-mar ou até pelas xamuças é um excelente jogador para o B e para ir depois terminar jogos.
Acredita em mim, para mim ele e o Franco neste momento são os melhores jogadores do Benfica.
Com esses 10 íamos dar uma excelente imagem.
Tinta lusa: bem, vou aproveitar e aqui fica o meu dez... Anjix (Leiria), Sven (Azimut), Toni (Azimut), Franco (SLB), Ossos (SLB), Pires (SLB), Formiga (Dragon), Tiago (Metralhas), André (Metralhas) e Mendes (SLB).

Tinta lusa: que qualidades técnicas e psicológicas tem que ter um campeão?
Hugo: Essa é uma boa pergunta. Na minha opinião, no Paintball actual, cada vez mais a vertente física tem vindo ao de cima, mas a experiencia e inteligência têm talvez um papel tão ou mais importante.
Passo a explicar, se olhares tecnicamente para as 4 melhores equipas do mundo ou da Europa ou mesmo de Portugal, vês jogadores fenomenais em que todos eles tecnicamente estão ao mesmo nível e todos sabem fazer pré, todos têm um excelente snapshooting, todos disparam há esquerda e direita, correm e disparam, fazem todos o mesmo, com uma margem de diferença, de uns para os outros, de 5 a 10%.
Com diferenças pequenas a esse nível, onde efectivamente podemos desnivelar? é no factor experiencia / força psicológica, é com isso que ganhamos ou perdemos.
Eu sei que por exemplo já não estou no expoente das minhas capacidades físicas, como quando tinha por exemplo 27 ou 28 anos, hoje com 36 e a barriga do Panda do Kung Fu, como diz o meu filho, tenho de me socorrer de outros factores para continuar a ganhar.
Eu olho e sei que não sou tão rápido como o Miguel Franco ou tão bonito a jogar tecnicamente, mas se me perguntares se sou melhor ou pior que ele, digo que estou cá para lhe fazer a vida negra e vence-lo se ele vacilar.
Meto em campo a experiencia que acumulei ao longo dos anos e como há pouco mencionas-te sou um jogador com uma capacidade para lidar com a pressão muito boa, sempre vivi a ganhar e habituei-me a isso, ele ainda está num processo de evolução e por vezes essa diferença é muito maior do que a física ou técnica.

Tinta lusa: e o futuro Hugo? Vais continuar a jogar? com os Dragons? Vais treinar alguma equipa?
Hugo: Eu nunca fui nem serei pedra no sapato de ninguém...
O ano passado alguns elementos da minha ex-equipa (SLB), disseram que estava na altura de sair e deixar os mais novos mostrar que também ganhavam e sabiam tomar conta do barco, eu assim o fiz...
Era para me retirar do Paintball de vez como fez o Tiago Coelho, mas após algumas provas em que joguei por brincadeira e para ajudar os Dragons, o Hugo (Capitão dos Dragon Legion) convidou-me a fazer parte da equipa para os ajudar a subir a Div 1.

Tinta lusa: então é para continuar? se te pedissem para voltar ao Benfica, voltavas?
Hugo: Eu graças a minha personal trainer e fisioterapeuta (Aninhas/Namorada… risos),
Sinto-me melhor fisicamente do que me sentia o ano passado em que andei fisicamente de rastos.
Por isso enquanto houver vontade por parte dos Dragons e eu me sentir em condições para ser útil, vou continuar a jogar...Aliás quando penso como será a minha vida sem o Paintball, não me vejo feliz.
Depois, quando não puder jogar mais, sei que vou de certeza treinar alguém que queira ser bom e queira GANHAR.

Tinta lusa: ainda não me respondeste, se te pedissem para voltar ao Benfica, voltavas?

Hugo: (to be continued)






sexta-feira, 27 de maio de 2011

Entrevista exclusiva com Hugo Domingues (1ª Parte).

Hoje o Tinta Lusa, apresenta a 1ª parte do que começou por ser uma entrevista e acabou por ser uma longa e interessante conversa... assim, nos próximos dias, serão apresentados os 2 restantes excertos... onde tudo foi questionado e tudo foi respondido.

"...Estes dois estão num patamar acima de todos os restantes em Portugal..."

"...a mulher e o padrinho de casamento de um jogador do Beira-mar estavam a arbitrar, fui expulso..."


Tinta lusa: sabes todos os títulos que ganhaste?
Hugo: Tenho uma vaga ideia mas não sei todos, sei sim, os mais importantes e marcantes.

Tinta lusa: gostávamos que os descrevesses.
Hugo: Por exemplo uma das conquistas que mais prazer me deu, foi ter ficado em 2º Lugar em Pró em 2002 no Camp Masters em Paris, perdemos na final com os TONTON, a jogar contra uma equipa francesa e contra árbitros Franceses, imagina...
Foi a 1ª vez que uma equipa Portuguesa chegou a PRÓ e fez um pódio e foi aí que ganhamos a Alcunha dos 5 de PARIS, eu o Humberto, o Coelho, o Mendes e o Diogo Cruz.

Tinta lusa: Acho engraçado, podias ter mencionado... que foste campeão nacional em Div 1, 10 ou 11 anos consecutivos, campeão pelos Dynasty, com os London Nexus em CPL arrancaste um 3º lugar na geral... mas não, resumes uma longa caminhada... destacando a obtenção de um segundo lugar com os teus…
Hugo: Os títulos fazem parte de um percurso, mas para mim o mais importante foi o que fiz ao lado dos melhores amigos que alguma vez tive...
E para eles não há títulos ou equipas que se lhes sobreponham.

Tinta lusa: Já entraste para a história do Paintball português, foste e és considerado o melhor jogador de todos os tempos e com uma prateleira recheada de taças, pergunto então ao melhor jogador português... quem é que ele considera (jogue ou não) o segundo melhor jogador português que alguma vez viu?
Hugo: O Tiago Coelho e o Humberto no mesmo patamar, infelizmente o Humberto teve de prosseguir a vida dele no Brasil e retirou-se há mais ou menos 3/4 anos, e o Coelho terminou a época passada.
Foram sem dúvida jogadores tão bons ou melhores do que eu…, simplesmente tive a sorte de ser escolhido para jogar em equipas mais mediáticas do que eles.
Mas sei, que qualquer um deles se tivesse tido as mesmas oportunidades que eu tive, também teria feito o mesmo ou melhor.
Agora, da nova vaga, terei de referir o Nuno "Ossos" por tudo o que já conseguiu e ainda vai alcançar e o meu protegido, o Miguel Franco é o meu projecto pessoal e acho que desde os seus 13 anos, altura em que o conheci, têm evoluído bastante, embora por vezes ainda se perca em infantilidades próprias da idade (ainda agora fez 18 anos).
Estes dois estão num patamar acima de todos os restantes em Portugal e têm tudo para continuarem o LEGADO que deixamos.


Tinta lusa: essa responsabilidade que lhes acabas de colocar nos ombros, normalmente traz pressão. Sem lugar a dúvidas... para além da tua qualidade de tiro e visão de jogo, eu destacaria a tua força psicológica e motivacional, achas que este Benfica tem capacidade para aguentar a pressão e vence-la, como tu sempre fizeste?
Hugo: Sabes, eu desde que me lembro, fui super competitivo e perder para mim não era opção.
A pressão faz parte da nossa vida diária e eu acho que jogar Paintball e divertires-te com os teus melhores amigos não pode ser considerado pressão...pressão é quando um pai quer dar de comer a um filho e não têm como, isso sim é pressão...

Tinta lusa: passando agora para o último CN e o da tua despedida do SLB como jogador, verificamos que foi o título mais renhido de sempre… tudo foi decidido no último jogo da última prova… o SLB teve uma época de 2010 mais fraca ou foi o Beira-mar uma equipa muito forte?
Hugo: Penso que ambas as coisas foram verdade, para o Benfica foi uma época muito perturbada e desgastante, marcada por muitas coisas, sendo uma delas a falta de motivação.
Metade da equipa não treinava, apenas aparecia para jogar o Millennium e que é muito competitivo, tivemos falta de verbas e despesas muito elevadas. A isto, juntar o facto de no inicio da época termos perdido 2 jogadores do Núcleo Duro (Ossos e o Gil).
O Beira-mar surgiu muito forte e com um grupo muito unido. Nos tivemos entradas e saídas de jogadores, o que ainda complica mais o jogo colectivo. Vê por exemplo o que aconteceu ao Beira-mar este ano é a mesma equipa praticamente, mas saíram o Teles e o Correia, que eram pedras basilares e a equipa ressentiu-se, apesar de eu achar que estão a caminho da equipa que já foram, como mostraram na última prova do CN.

Tinta lusa: vou provocar-te... o Horto (jogador do Beira-mar), em entrevista para o Tinta lusa mencionou que teriam sido campeões se um árbitro não vos tivesse dado a vitoria, tens algo a dizer?
Hugo: Cada um têm o direito a opinar da forma que entender e respeito muito o Horto, mas eu não quero ir por essa via, toda a gente se queixou muito dos jogos contra eles em que arbitrou o BOAVISTA, não é preciso relembrar que ambas equipas já pertenceram ao extinguido clube… Energy.
Ainda, poderia referir, que na 3ª prova do CN, na qual a mulher e o padrinho de casamento de um jogador do Beira-mar estavam a arbitrar, fui expulso no 1º jogo do dia, coincidências?

Tinta lusa: É claro, que todos acabam por ser prejudicados e beneficiados pelas arbitragens. E no fim, continua a ganhar o melhor?
Hugo: Uma prova podes ganhar com ajuda dos árbitros ou até duas, um campeonato só se houver mesmo muita falta de vergonha de quem anda a gerir as coisas e mais não digo.
Já agora e como exemplo, eu acho que a regra do 1x1 nos últimos 90 segundos já devia ter morrido o ano passado, quando o Millennium a erradicou, mas nós cá… continuamos a ser uns iluminados e continuamos com essa regra.
Devido a essa regra, achei super injusto os Metralhas terem perdido um jogo que foi bem ganho contra o meu BENFICA nas meias-finais da 1ª prova do CN deste ano.
Os jogos são para ser ganhos pelos jogadores e não por árbitros a quem se dá muito poder e só DEUS sabe a quantidade de gentinha recalcada que por aí anda.

Tinta lusa: o que achas do nível das equipas do nosso CN?
Hugo: Acho que temos 4 ou 5 equipas a jogar num nível muito bom.
A mentalidade está a mudar e os jogadores treinam mais e trabalham melhor para alcançar o sucesso.
Antes só ouvia equipas a queixarem-se que os Paintoon/SLB só ganhavam porque eram batoteiros e não se preocupavam em perceber porque perdiam, eu só pensava que enquanto eles continuarem a achar que está tudo bem com o nível e jogo deles, nós vamos continuar a ganhar.
Agora quando uma equipa leva as coisas a sério e faz um excelente trabalho como o fizeram o Beira-Mar, tudo é possível, até destronar aqueles que sempre ganham, posso dizer-te que neste momento, em Portugal, acho fantástico o trabalho dos Metralhas, o Leiria onde o Anjix neste momento para mim é o principal responsável.
Os Azimut bem ou mal, lá vão mantendo o mesmo núcleo duro por vários anos e finalmente começa a dar frutos...E depois há ai uns miúdos novos que acho que se chamam DRAGON LEGION (risos) que também estão a fazer um trabalho muito positivo e ainda vamos ouvir falar deles.

Tinta lusa: por falar em Dragons... é impressionante o trabalho que tens feito com eles ao ponto de muita gente achar que em Div 1 estariam a fazer um óptimo papel (estão em Div 3). No campo constatasse que para alem do nível dos jogadores ter subido, colocas o Tiago (ex-benfica) claramente com o papel de furar e marcar adversários e o resto dos jogadores a trabalhar para vocês os dois.
Hugo: Acho que funcionamos em equipa o que se sobrepõem aos valores individuais, quando uma equipa marca muito ao Tiago ou a mim, os restantes também resolvem e acredita que ninguém ganha sozinho.
Por exemplo, perdemos o último TRN a primeira prova ao fim de 6 a vencer, fomos derrotados e o culpado fui eu, errei e ainda hoje me culpo por essa derrota.
Vim o caminho todo do Porto para Lisboa a rever o jogo na minha cabeça e o meu erro foi o momento crucial para o Benfica ter ganho o último ponto.

Tinta lusa: é aí que reside o segredo do teu sucesso? fazer acreditar que todos são excelentes e que na equipa não existem estrelas?
Hugo: Diz-me tu porque é que o Messi ou o Ronaldo pelas respectivas selecções não jogam metade do que jogam quando estão no REAL ou no BARÇA. Trabalho de equipa… somente um bom trabalho de equipa pode por alguém a brilhar, sozinho ninguém brilha e há que ser inteligente para saber e aproveitar ao máximo o que cada um têm de melhor.
Talvez aí resida o meu valor, ver o que cada um têm de melhor e aprimorar esse talento para formar uma equipa.

Tinta lusa: vem aí a Nations Cup, no caso de apresentarmos uma selecção nacional, que 10 jogadores levarias?

Hugo:... (to be continued)













quinta-feira, 28 de abril de 2011

É engraçado!

É engraçado! No desporto em geral, sempre existiram figuras com o toque de Midas, cada palavra, cada acto era e é seguido por multidões e o mais importante… atingem o sucesso, independentemente da organização onde se encontram.


Muitos pensam que ser um líder significa, "mandar", "ser o chefe", "o patrão", "o ditador" ou o "quero posso e mando". É assim na política, nos locais de trabalho, nas famílias, nas relações interpessoais. Digo, "parece significar" porque de facto não significa.


Algumas pessoas, a quem eu chamo (de forma algo injusta, por sinal) de "cães", precisam de um chefe/pai e da estrutura férrea que ele representa.


Precisam de um horário estipulado, que lhes digam o que fazer e como.


Fogem das responsabilidades e tentam manter um perfil o mais baixo possível para não darem nas vistas.


Estão focados em pertencer… sem fazer… “pois é pá… eu jogo paintball numa grande equipa… sabias?”.


Eu conheço muitas pessoas assim e, com uma ou duas excepções, considero-as pessoas muito boas.


Mas, e os Mourinhos… Ronaldos… Lang’s… Nadales…?


Esta "classe" de pessoas procuram acima de tudo a liberdade. Querem exprimir-se, dar opinião, clarificar as ideias. Na acção, são os primeiros a saltar para a poça de água, a "dar o litro", a mostrar resultados e a ensinar. Nunca se contentam com o que conquistaram!!!


Parem uns segundos a leitura desta crónica, vou repetir.


Nunca se contentam com o que conquistaram!!!


Digo e repito esta afirmação, porque existem muito atletas e treinadores, que se contentam com nada (outros diriam, com pouco).


Assim, percebi que o termo líder, afinal não tem nenhuma importância: o importante é ter certas qualidades. Ninguém se torna líder procurando reunir seguidores mas dando o exemplo. E é o exemplo que atrairá os seguidores ao mesmo tempo que os transformará por sua vez em novos líderes.





Li na Bíblia uma expressão de Jesus (não o do Benfica) que dizia mais ou menos assim: "quem quiser ser o primeiro, torne-se servo de todos" (Mc. 10,43-44).


To be continued

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

ENTREVISTA EXCLUSIVA "…teríamos sido campeões… Se… um árbitro na final não tivesse dado a vitória ao Benfica…"

Após a brilhante campanha em 2010, mais uma vez o Tinta Lusa dá o privilégio aos seus leitores, de poderem ler a primeira entrevista exclusiva de um jogador do Beira-mar. A mesa com o Horto… é como se segue, sem tabus e preconceitos…
Tinta Lusa: Equipa sensação do CN (Campeonato Nacional), equipa que mais dificultou a vitória final do S.L.B em toda a história… ao ponto de a maior parte do Paintball nacional achar que o Beira-mar também merecia ser campeão... qual é a sensação?

Horto: É como comer rodízio e no final do jantar o ananás vir muito azedo e frio, no entanto, quando conseguimos perceber que nem só das vitórias vêem as alegrias, nós próprios não estamos a conquistar uma vitória?

Tinta Lusa: aproveitando a analogia... o ananás veio na Lousada, que aconteceu nessa prova? o Beira-mar foi finalista em todas as restantes provas e nessa escorregou, foi a pressão de estar tão perto?

Horto: Nada de pressão, foi o inverso, foi a descontracção em excesso. Relaxamos muito, não que não tivéssemos o respeito que sempre tivemos por todos os adversários, mas houve um conjunto de factores que proporcionaram esta descontracção. Também o facto de termos treinado pouco, antes dessa prova, veio influenciar o mau resultado. Mas, teríamos sido campeões mesmo com este deslize. Se… um árbitro na final não tivesse dado a vitória ao Benfica com uma má decisão. Estou a ter mau perder agora?... ups.

Tinta Lusa: onde reside o segredo, que o deixará de ser agora, deste Beira-mar?

Horto: Comemos bebés ao pequeno-almoço (risos). O nosso segredo este ano é o mesmo segredo do ano passado. Nós o ano passado fomos e este ano vamos ser um dos melhores grupos de amigos em Portugal.

Tinta Lusa: vou fazer uma adenda a questão, se me permites, o teu/vosso Beira-mar é campeão nacional em todos os escalões até chegar a 1ª divisão, os amigos no trajecto foram mudando, quem faz com que os que foram entrando no meio do trajecto se insiram e se tornem nesse grupo fantástico?

Horto: houve várias pessoas que passaram por este grupo, quer directa ou indirectamente foram acrescentando moral e valor à equipa, Victor Oliveira, Rogério, Gil Beldford, depois há outras pessoas como o Paulo Jacob e o Pedro Jacob que transmitem uma energia fantástica e acreditem se quiserem, quando queremos muito uma coisa, se lutarmos muito por ela e acreditarmos que a podemos alcançar, obtemos o que procuramos. Além disso temos um capitão fantástico o Ângelo Canelas, que muitas vezes dá o que tem e o que não tem por esta equipa.

Tinta Lusa: disparemos... qual foi a equipa com quem sentiram mais dificuldades?




Horto: Trolls



Tinta Lusa: publicaste a uns meses no bloog do Beira-mar... e ainda comentaste no pódio em vila do bispo, que andaste o ano a ouvir e calar... queres clarificar melhor os leitores?

Horto: Prefiro não abrir mais essa porta, está fechada e deitei a chave fora.

Tinta Lusa: muito bem, passemos a outro assunto então, dos jogos que vi do Beira-mar (quase todos), vejo uma equipa que dispara muito, tem uma disposição corporal fantástica nos obstáculos, apresenta boas estratégias e joga normalmente na "contra" (entenda-se, arranque seguro, jogam com tiros cruzados no primeiro tempo e após a queda de um adversário, entram muito bem por esse flanco), concordas? queres clarificar?

Horto: tentamos jogar á luz dos melhores, fazemos muito trabalho de casa. Por vezes, jantarmos juntos e falarmos da nossa vida é melhor do que ir disparar uma caixa de bolas. Se me permites, a nossa táctica não é cruzar tiros nem esperar que uma peça caia, a nossa táctica é muito mais do que isso e é impossível de explicar e fazer com que toda a gente entenda. Concluindo, gostamos que nos vejam agressivos dentro de campo, seja a equipa que for o nosso objectivo é ganhar.



Tinta Lusa: vejo... que baseias muito do vosso sucesso e características de jogo na parte emocional e na gestão disso. Vendo-te de fora, como definirias o horto jogador?



Horto: indefectível na hora de julgar, fanático pelo meu grupo.

Tinta Lusa: quais as apostas do Beira-mar para a próxima época? que podem prometer aos fãs?

Horto: Nós não costumamos subir muito as nossas apostas, gostamos que tenham a percepção de que este grupo é humilde e vive um dia de cada vez, gostamos, como é claro, de ganhar nem que seja a brincar, mas aquilo que podemos prometer é suor e mais suor, treino duro para que a dureza dos treinos se reflicta na suavidade dos jogos. Vamos perder algumas vezes e ganhar outras, esperemos que no final o saldo seja positivo. Se me perguntasses: O Beira-Mar inspira a ser campeão nacional? a resposta seria: Sim, claro que sim.

Tinta Lusa: Se pudesses voltar atrás, mudavas alguma coisa?

Horto: não. Correu tudo bem, tudo como planeado, o grupo está ainda mais forte e além de termos fortalecido mais o nosso balneário, ainda ganhamos novos amigos.

Tinta Lusa: Para rematar esta entrevista, gostaria que me enviasses uma foto do Beira-mar onde se vislumbre a vossa força e que dediques umas palavras aos leitores do Tinta Lusa.

Horto: A força está aqui. Neste abraço e olhar sincero de amigos que dariam a vida uns pelos outros. Quero e como não poderia deixar de ser, agradecer a algumas pessoas, Paulo Jacob, Inês, Javier, Jota, APD, Sport Club Beira Mar e a todos aqueles que olharam por nós este ano. Na terra ou sabe-se lá por onde, obrigado por terem acreditado que o sonho era possível, obrigado por terem acreditado em nós. Já agora queria destacar os principais valores da nossa equipa, honestidade, lealdade e humildade. Para o ano estaremos mais fortes.









Tinta Lusa: em nome do Tinta Lusa; Muito obrigado Horto!




to be continued...

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O TREINO – preparação…

Há quem se prepare para o jogo e há quem se prepare para a vitória, quais as diferenças?

Quem se prepara para o jogo, tem que ser capaz de enfrentar os problemas apresentados pelo oponente, pelo terreno de jogo e ainda pela forma – no sentido mais lato – da sua equipa. Assim, a preparação deve ter por base a “protecção”; já que a invencibilidade prende-se com a defesa; e ainda, com a “capacidade ofensiva” ou ataque; que é de onde podemos obter a vitória.

Quem se prepara unicamente para a vitória, descura e coloca de lado as infindáveis hipóteses que o adversário (preparado) colocar-lhe-á durante o jogo/ponto.

Preparação…treino…

Para planificarmos o nosso treino, temos que definir o número de vezes que o iremos por em prática, vamos treinar quantas vezes por semana? Por mês? Por ano? A isto, anexar as competições, quantas por mês? E exactamente, quando irão acontecer?

Planificado o trinómio data/treino/competição, teremos que formar os ciclos de preparação, macrociclo, mesociclo e microciclo;






O termo “macro” vem da palavra Grega makros que significa algo de grande tamanho.

O macrociclo é o conjunto de meses (mesociclos) e semanas (microciclos), que constituem valências que só se obtêm a longo prazo. Como por exemplo, fluidez de jogo e resposta imediata dos jogadores perante mudança de sistema táctico ou como resposta a uma alteração imposta pelo adversário, basicamente estamos a incutir no subconsciente dos jogadores respostas (técnico/tácticas) automáticas as vicissitudes do jogo.





O mesoclico é o conjunto de semanas (microciclos), que outorgam alicerces básicos no jogador, técnica, capacidade física e gestão emocional deverão ser incutidos neste ciclo.


Especial atenção ao mesociclo competitivo: nos casos mais simples os mesociclos deste tipo compõem-se apenas de um microciclo introdutório, outro competitivo e outro recuperativo.


Microciclo (mikros ou pequeno):


Microciclo de choque; implica um grande volume global de treino e um nível elevado de mobilização, tendo como objectivo o estímulo dos processos de adaptação do organismo.
Constituem uma parte importante do trabalho de preparação e utilizam-se igualmente no período competitivo.

Microciclo de competição: tomando em consideração o número de competições e a duração temporal que as separam, estes microciclos podem limitar-se ao treino de preparação directa para a competição (terminal) ou aos procedimentos de recuperação. Podem incluir sessões de treino específico/táctico.

Estes conceitos servem – como já devem ter notado – para planificarmos a época de forma a que possamos ter uma vista ampla do que nos espera, traçarmos uma estratégia que vá de acordo com o que pretendemos e ainda, sempre e quando desejarmos, efectuar um zoom microscópico que nos permita melhorar as fraquezas e manter as virtudes.



Planifiquem bem e depois utilizem a maior das forças!



“Existe uma força mais poderosa que o vapor, a electricidade e a energia atómica. Essa força é a da vontade – Einsten”




TO BE CONTINUED

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O JOGADOR – cometa ou estrela?

Há jogadores que, inesperadamente, nos tocam o coração e a razão de uma forma especial. E que subtilmente conseguem levar-nos a perspectivar o jogo de muitas outras formas.

Descentramo-nos então, daquilo que habitualmente somos e percepcionamos o jogo com um novo olhar... Tenho reforçado a minha consciência acerca dos jogadores Estrela...

Assim, organizo os jogadores em 2 grandes grupos: jogadores Cometa e jogadores Estrela.


Os Cometas, passam por nós em breves instantes; a sua presença, apesar de visível, não marca a vida de quem com eles se cruza.

Os jogadores Estrela, por seu lado, são luz, calor, vida! São presença viva, com quem se pode contar, mesmo nos momentos sombrios. São jogadores que conciliam a razão com a emoção de forma exímia.

Por muito que observe, não encontro muitos jogadores Estrela, talvez eu esteja ofuscado pela luz dos Cometas, ou então, os jogadores Estrela são realmente escassos...

Os jogadores Cometas quando aparecem, por breves momentos, conseguem reunir multidões de pescoço arqueado e olhos no céu, são contemplados, aplaudidos e depois… morrem. As multidões regressam a casa e no futuro ninguém se lembrará da data e nome do Cometa.

Os jogadores Estrela, estão sempre presentes, as vezes não os vemos ou porque as nuvens não deixam ou porque muitos estão distraídos a espera de um cometa, mas todos sabemos que eles estão aí.

O nome deles perdura, as datas mais significativas ficam gravadas, passam de geração em geração e nos momentos mais difíceis aparecem e guiam-te.

Apesar de não reunir multidões, são olhados por uns a procura de paz, por outros a procura de inspiração e o mais incrível é que gostam da companhia de outras estrelas, que coabitam no mesmo espaço de forma ordeira e com o seu próprio brilho.

Os Cometas são fugazes, querem o brilho todo para eles e seguem sempre a direcção que querem... claro, as vezes batem contra estrelas, planetas ou até mesmo contra outros Cometas e aí… desfazem-se.

E tu! és o que?


To be cotinued